- Eita, num fala mais cas colega, não, é?
- Oxa, desculpe menina, não tinha lhe visto! Tudo bem?
- Bããão, e você?
- Bem, tamén.
- E as novidadji?
- Ah, tô de licença, que eu tô com uma dor aqui que tá me matando, ó...
- Vigi Maria, menina, já tive isso! Deus o livre!
- Ai, mas é uma dôôô. Dói o dia todinho, colega, nunca vi! Daí eu tava ficando muito istressada, disprimida, resolvi ir viajar pra descansar um pouco.
- Ah, é? Vai mais quem?
- Vou mais umas colega! Num qué ir mais nós? Vai ser supermassa!
- Ah, eu num posso, brigada...
- Aaah, pur caus di quê?
- Pur caus que eu vô ganhar nenê!
- Eita, Deus qui abençoe, parabéns!
- Brigaaada, hahaha!!!
- Tá de quantos mês?
- Dois.
- Ai, qui gostoooso... E vai chamar como? Já escolheu, já?
- Já. Se for menina vai chamar Bioncê.
- Qui lindo! E se for menino?
- Daí vai chamar Réripoter.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
LINK DIRETO PRO CÉU
Essa eu vi no Globo.com:
Gunther Link era um austríaco de 45 anos muito, muito católico. Acontece que ontem Gunther Link ficou preso no elevador. Rezou, rezou, rezou, e saiu do elevador são e salvo. Imediatamente, Gunther Link foi até a igreja pra agradecer. De tão emocionado, abraçou um pilar de pedra que servia de apoio para um altar. Aí Gunther Link rezou, rezou, rezou, mas aí o altar de pedra caiu em cima dele e ele morreu na hora.
Com certeza São Pedro vai liberar a entrada do Gunther Link no céu. Mas vai ter que fazer uma força da porra pra não cair na gargalhada na hora em que ele estiver passando... :o))
Gunther Link era um austríaco de 45 anos muito, muito católico. Acontece que ontem Gunther Link ficou preso no elevador. Rezou, rezou, rezou, e saiu do elevador são e salvo. Imediatamente, Gunther Link foi até a igreja pra agradecer. De tão emocionado, abraçou um pilar de pedra que servia de apoio para um altar. Aí Gunther Link rezou, rezou, rezou, mas aí o altar de pedra caiu em cima dele e ele morreu na hora.
Com certeza São Pedro vai liberar a entrada do Gunther Link no céu. Mas vai ter que fazer uma força da porra pra não cair na gargalhada na hora em que ele estiver passando... :o))
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
ESCOLHAS DE VIDA
Antes de você começar a ler, já vou avisando que esse post vai ser longo... Rsrsrs
Nos últimos dias eu pensei nesse texto que escrevi no Carnaval de 2005 ou 2006 e mandei pra alguns amigos. Tô reproduzindo cortando alguns pedaços pra coisa não ficar ainda mais longa, e depois eu conto por que lembrei dele.
(Ah, só uma coisa: essa expressão “maionese”, que aparece várias vezes, a gente usa entre amigos, e significa o mesmo que “pão com ovo”, “cafona”, “excessivamente desglamourizado”, você sabe...)
Então lá vai:
MESTRE CIRILO
Eu tentei. Nesta sexta-feira de carnaval eu tentei acompanhar a manifestação popular mais cheia de maionese do planeta.
Superei o fato de o Chico Pinheiro insistir que a tal escola que homenageava o México devia ser convidada pelo governo mexicano pra ir desfilar lá no país.
Superei a insistência dele na idéia de que se as crianças do mundo conhecessem o verdadeiro carnaval brasileiro, “aquele ratinho (também conhecido como Mickey Mouse) ia ficar desempregado”.
Superei as explicações do tipo “com esta fantasia com pluma roxa e chapéu lilás o carnavalesco simboliza a busca incessante do homem pela harmonia com a Galáxia de Andrômeda”, ou “com este carro alegórico que corre água e faz piuí, o carnavalesco quer passar a confiança dos búlgaros na paz no Afeganistão”.
Mas aí veio a Vai-Vai.
Levantando a avenida, como eles dizem, embora todo mundo saiba que aquela porra de sambódromo não é uma avenida. A Marginal Tietê, onde ele fica, sim, é uma avenida, mas a “passarela do samba”, o duto da maionese, não é uma avenida. Está ocupando um espaço que poderia ser transformado em avenida, diminuindo o trânsito e servindo pra alguma coisa útil, mas não é uma avenida. E a não ser que as pessoas que passavam pela Marginal naquele momento tivessem ficado de pé, me pareceu estúpido ouvir que a Vai-Vai levantou a avenida. Mas tudo bem, eu superei isso também.
Só que então a câmera mostrou a bateria. Maioneeeese. Todo mundo feliz. E a câmera correndo entre os instrumentos. Elogios para o ritmo. Elogios para a fantasia. Elogios para a competência. E surge um ser na tela, muito, muito feliz. E então a Lecy Brandão (quem mais?) me solta a pérola:
- Mestre Cirilo!!! (assim, como se fosse uma acusação. Mas não era uma acusação. Era a introdução de uma biografia única na cultura maionésica. Porque Mestre Cirilo tem uma emocionante história de vida. Mestre Cirilo é brasileiro e não desiste nunca. E sabem como eu sei? Porque a Lecy, cheia de admiração, completou a apresentação)
- ... 30 anos dedicados ao tamborim!!!
FILHO DA PUTA!!!!!!!!
O cidadão dedicou 30 anos da vida dele ao tamborim!!!! Podia ter feito alguma coisa útil pra humanidade, podia ter construído um puxadinho, ter ajudado a mãe a arrumar a cama, ter olhado o filho de alguém, ter doado sangue, ter varrido a rua, ter criado uma ONG, sei lá, mas Mestre (???!!!) Cirilo preferiu dedicar 30 anos ao estafante domínio do tamborim.
Isso significa que antes de eu completar 3 anos Mestre Cirilo já estava enfurnado em sua residência dedicando-se ao seu objetivo de vida. Não pediu Diretas Já, porque estava aperfeiçoando seu breque. Não viu o Collor cair, porque estava estudando um novo repique. Não ligou pro onze de setembro, porque estava buscando a tensão perfeita do couro.
Deve tocar tamborim pra cacete, o Mestre Cirilo (eu não sei, porque eu desliguei a TV). Mas, mesmo assim, eu quero que ele e a Lecy Brandão vão pro inferno.
Bom, o texto era esse. E eu andei lembrando dele por causa do Luca Badoer, esse piloto italiano que tá substituindo o Massa na Ferrari.
Luca Badoer é o piloto de testes da equipe há 10 anos, mas como nessa temporada os testes foram proibidos, ele é um piloto de testes que não testa. Deve compensar buscando Coca-Cola pra galera, fazendo uns sandubas pros mecânicos, ou então coçando as costas de quem tá de luva. Mas o que importa é que são 10 anos esperando uma chance. Esperando, e esperando, e esperando...
E então, bum!
O Massa cabeceia uma peça do carro do Rubinho, o Schumacher diz que vai, mas num vai, e a chance aparece. E aí o cara vai lá, senta no carro, acelera tudo que pode e, caraca, larga em último e chega em último! De Ferrari, porra!
Mas tudo bem, vamu lá, tô só esquentando, na próxima eu ganho, agora vai, lá vou eu e... vem a segunda corrida e o cara larga em último e chega em último de novo.
Fiquei imaginando o que deve tá passando na cabeça desse cara. Tipo, dedicar 10 anos a um sonho e, na hora de realizá-lo, ver as coisas acontecerem do pior jeito possível. E por duas vezes, que é pro cara não poder nem culpar o azar! Que merda, imagina?
Por isso, tenho quase certeza de que o Luca Badoer deve estar se perguntando se não devia ter investido esses últimos 10 anos em outra carreira. Hoje, talvez faltassem só mais 20 pra ele detonar no tamborim...
Nos últimos dias eu pensei nesse texto que escrevi no Carnaval de 2005 ou 2006 e mandei pra alguns amigos. Tô reproduzindo cortando alguns pedaços pra coisa não ficar ainda mais longa, e depois eu conto por que lembrei dele.
(Ah, só uma coisa: essa expressão “maionese”, que aparece várias vezes, a gente usa entre amigos, e significa o mesmo que “pão com ovo”, “cafona”, “excessivamente desglamourizado”, você sabe...)
Então lá vai:
MESTRE CIRILO
Eu tentei. Nesta sexta-feira de carnaval eu tentei acompanhar a manifestação popular mais cheia de maionese do planeta.
Superei o fato de o Chico Pinheiro insistir que a tal escola que homenageava o México devia ser convidada pelo governo mexicano pra ir desfilar lá no país.
Superei a insistência dele na idéia de que se as crianças do mundo conhecessem o verdadeiro carnaval brasileiro, “aquele ratinho (também conhecido como Mickey Mouse) ia ficar desempregado”.
Superei as explicações do tipo “com esta fantasia com pluma roxa e chapéu lilás o carnavalesco simboliza a busca incessante do homem pela harmonia com a Galáxia de Andrômeda”, ou “com este carro alegórico que corre água e faz piuí, o carnavalesco quer passar a confiança dos búlgaros na paz no Afeganistão”.
Mas aí veio a Vai-Vai.
Levantando a avenida, como eles dizem, embora todo mundo saiba que aquela porra de sambódromo não é uma avenida. A Marginal Tietê, onde ele fica, sim, é uma avenida, mas a “passarela do samba”, o duto da maionese, não é uma avenida. Está ocupando um espaço que poderia ser transformado em avenida, diminuindo o trânsito e servindo pra alguma coisa útil, mas não é uma avenida. E a não ser que as pessoas que passavam pela Marginal naquele momento tivessem ficado de pé, me pareceu estúpido ouvir que a Vai-Vai levantou a avenida. Mas tudo bem, eu superei isso também.
Só que então a câmera mostrou a bateria. Maioneeeese. Todo mundo feliz. E a câmera correndo entre os instrumentos. Elogios para o ritmo. Elogios para a fantasia. Elogios para a competência. E surge um ser na tela, muito, muito feliz. E então a Lecy Brandão (quem mais?) me solta a pérola:
- Mestre Cirilo!!! (assim, como se fosse uma acusação. Mas não era uma acusação. Era a introdução de uma biografia única na cultura maionésica. Porque Mestre Cirilo tem uma emocionante história de vida. Mestre Cirilo é brasileiro e não desiste nunca. E sabem como eu sei? Porque a Lecy, cheia de admiração, completou a apresentação)
- ... 30 anos dedicados ao tamborim!!!
FILHO DA PUTA!!!!!!!!
O cidadão dedicou 30 anos da vida dele ao tamborim!!!! Podia ter feito alguma coisa útil pra humanidade, podia ter construído um puxadinho, ter ajudado a mãe a arrumar a cama, ter olhado o filho de alguém, ter doado sangue, ter varrido a rua, ter criado uma ONG, sei lá, mas Mestre (???!!!) Cirilo preferiu dedicar 30 anos ao estafante domínio do tamborim.
Isso significa que antes de eu completar 3 anos Mestre Cirilo já estava enfurnado em sua residência dedicando-se ao seu objetivo de vida. Não pediu Diretas Já, porque estava aperfeiçoando seu breque. Não viu o Collor cair, porque estava estudando um novo repique. Não ligou pro onze de setembro, porque estava buscando a tensão perfeita do couro.
Deve tocar tamborim pra cacete, o Mestre Cirilo (eu não sei, porque eu desliguei a TV). Mas, mesmo assim, eu quero que ele e a Lecy Brandão vão pro inferno.
Bom, o texto era esse. E eu andei lembrando dele por causa do Luca Badoer, esse piloto italiano que tá substituindo o Massa na Ferrari.
Luca Badoer é o piloto de testes da equipe há 10 anos, mas como nessa temporada os testes foram proibidos, ele é um piloto de testes que não testa. Deve compensar buscando Coca-Cola pra galera, fazendo uns sandubas pros mecânicos, ou então coçando as costas de quem tá de luva. Mas o que importa é que são 10 anos esperando uma chance. Esperando, e esperando, e esperando...
E então, bum!
O Massa cabeceia uma peça do carro do Rubinho, o Schumacher diz que vai, mas num vai, e a chance aparece. E aí o cara vai lá, senta no carro, acelera tudo que pode e, caraca, larga em último e chega em último! De Ferrari, porra!
Mas tudo bem, vamu lá, tô só esquentando, na próxima eu ganho, agora vai, lá vou eu e... vem a segunda corrida e o cara larga em último e chega em último de novo.
Fiquei imaginando o que deve tá passando na cabeça desse cara. Tipo, dedicar 10 anos a um sonho e, na hora de realizá-lo, ver as coisas acontecerem do pior jeito possível. E por duas vezes, que é pro cara não poder nem culpar o azar! Que merda, imagina?
Por isso, tenho quase certeza de que o Luca Badoer deve estar se perguntando se não devia ter investido esses últimos 10 anos em outra carreira. Hoje, talvez faltassem só mais 20 pra ele detonar no tamborim...
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