quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

UM CAMPEÃO TAMBÉM PRECISA DE SORTE

Dois posts atrás eu contei uma história que aconteceu com o Rodrigão do vôlei, que bateu o carro anteontem perto de onde eu trabalho.

O legal é que ontem eu vi no site da ESPN Brasil uma notícia dizendo que ele não treinava há dois dias por causa de uma virose que provocava fortes dores abdominais.

"Está difícil até de sair da cama", ele disse.

Sorte do Rodrigão que ninguém lê o Onde Eu Tava Mesmo?, né? :o))

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

FALTA MUITO?

Tô no trabalho. Toca meu celular. Nunca vi o número antes. Mesmo assim, eu atendo.

- Alô!

Quem responde é uma adolescente. E ela tá brava.

- Quenquié qui tá falanu?

Eu reviro os olhos. Lá vem...

- Cê quer falar com quem?

- Écuvocêmemo, qui fica liganu aqui!

- Hãn?

- Purquêqui você ligaqui na mia casa e despois disliga quanueu atendu? HEIN? (tipo, o “hein” que ela soltou foi bem foda, eu cheguei a achar que ia pra cadeia)

- Olha, você ligou errado...

- Qui númir quié o seu?

- Que número cê discou?

- Péra, xuvê aqui...

Ela ditou o número. Aliás, o númir. Onde o meu celular tem um 22 ela discou um 23. Aí eu disse:

- Não, o número não é esse, cê discou errado.

- Ai, meu Deus, intão eu xinguei a pessoa errada!!!???

- Pois é...

- Discupa, viu?

- Tudo bem...

- Discupa.

(clic)

Ainda bem que faltam só 352 dias pra acabar esse ano...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

BOLA FORA

Rodrigão faz parte da equipe de vôlei mais vitoriosa de todos os tempos: a seleção do Bernardinho. Ganhou bilhões de medalhas em olimpíadas, campeonatos mundiais, ligas mundiais, pans, copinhas, coponas e outros tantos torneios.

Pois bem, hoje Rodrigão bateu seu carro numa rua perto de onde eu trabalho.

Batida leve, quase nem amassou nada. Passei ao lado, andando pela calçada. A dona do carro atingido falava no celular, pelo que eu entendi avisava o marido. Rodrigão, enorme, com o uniforme de treino do Pinheiros, aguardava pacientemente, encostado no capô do carro.

Olhou pra mim.

Meu pequeno sorriso e meu aceno de cabeça disseram pra ele “opa, e aí, grande Rodrigão, puxa, que pena que você bateu o carro, mas isso acontece, bola pra frente, ah, e valeu pelas medalhas, admiro muito vocês, manda um abraço pro resto da equipe, deixa eu ir que eu preciso trabalhar”, mas eu mesmo, oficialmente, não disse nada.

Mas foi o que eu ouvi a mulher falando no celular no instante seguinte que me motivou a postar essa história. Ela disse:

- Não, não foi uma mulher. Foi um homem. Espera...

E virando-se pro Rodrigão, perguntou:

- O nome do senhor, qual é?

Rodrigão baixou a cabeça e respondeu baixinho:

- Rodrigo...

Não falou mais nada. Sabe que a mulher não tem obrigação nenhuma de saber quem ele é. Mas pela cara que ele fez, deve ter pensado como é foda ser campeão olímpico justamente por um país que só liga pra futebol...