terça-feira, 28 de agosto de 2012

EEEEEEI...



Hoje eu acordei com duas mãozinhas batendo na minha cara, seguidas por um chamado: 

- Eeeei...

Abri os olhos sem saber onde eu tava e dei de cara com a Lelê sentada na cama olhando pra mim. Ela abriu aquele sorriso 4X2 (quatro dentes em cima e dois embaixo) e repetiu o convite, dessa vez meio em forma de pergunta: 

- Eeeei...?

Olhei no relógio e vi que eram simplesmente 5h40 da madrugada! Mas acho que eu nunca acordei tão feliz... :o)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

MENSAGEM PARA AFREEN

Foi impossível não chorar lendo a notícia no Globo.com da garotinha recém-nascida que morreu na Índia depois de ter sido espancada pelo pai, que queria um filho homem. A bebê morreu de parada cardíaca, depois de chegar ao hospital com machucados na cabeça, queimaduras e mordidas pelo corpo.


A matéria trazia ainda a foto da pequena Afreen toda enroladinha, morta no colo da mãe, que chorava desesperada em frente ao necrotério.


Nós, seres humanos, te pedimos desculpas, Afreen. Mas acho, sinceramente, que apesar de todo o sofrimento você talvez tenha até dado sorte. Porque é impossível imaginar o inferno que seria a sua vida sendo filha de um animal desses.


sexta-feira, 23 de março de 2012

NA CONTRAMÃO

Tô vendo que do jeito que a coisa tá indo, daqui a pouco vão arrancar uma grana da família do ciclista pra indenizar o filho do Eike Batista...


quinta-feira, 22 de março de 2012

PUTZ, PASSEI DA IDADE

"Caruso" foi a música que me fez conhecer Lucio Dalla. Na época eu não entendia uma palavra de italiano, mas mesmo sem saber o quanto a letra era linda, eu já tinha me apaixonado pela melodia. O chato é que se hoje já é difícil a gente ouvir música italiana nas rádios, naquela época, então, era quase impossível. Soma-se a isso o fato de que não havia nem iTunes nem YouTube pra gente ficar ouvindo e reouvindo, e já dá pra ter uma ideia de como eu realmente escutava pouco essa música. Mas mesmo assim eu saía cantando:


"Te voglio beeene assai…

Tanããããn!!!..."


O "te voglio bene assai" eu nem sabia se cantava certo, mas não importava, porque eu gostava mesmo era do "tanããããn"!!! Putz, como eu achava bonito o tanããããn! Triste pra caramba, mas lindo.


Mas eu tô contando isso porque a morte do Lucio Dalla gerou uma reflexão daquelas boas de se postar em blog. É que eu soube da notícia pouco antes de ir pra casa, almoçar. E chegando lá, tive o seguinte diálogo com a The:


- Cê viu que o Lucio Dalla morreu?


- Puuutz… Jura?


- Morreu.


E depois de alguns segundos a The disse:


- Eu nem sabia que ele tava doente!


Aí eu contei pra ela que ele não tava doente, que ele tinha tido um infarto, mas aquilo me fez pensar que existe uma idade, que eu não sei qual é, em que a gente meio que perde o direito de morrer de repente, né? Se a pessoa que já passou dessa idade-limite morre, automaticamente a gente acha que ela tava doente.


Depois disso fiquei tentando imaginar que idade seria essa, mas, obviamente, não cheguei a conclusão nenhuma. Até que dias depois o boleto do meu Plano de Saúde resolveu chutar minha canela, avisando que neste mês tem aumento porque no mês passado eu fiz aniversário e "mudei de faixa". Daí me veio a luz: a tal idade deve ser 39.


E se eu morrer a partir de agora, meu Plano de Saúde não vai se surpreender de jeito nenhum…


segunda-feira, 12 de março de 2012

ASSIM NÃO DIAL

Desde que eu cheguei a Fortaleza, o rádio do meu carro perambula entre 3 ou 4 estações, no máximo. Mas hoje eu caí na besteira de dar uma passadinha pelas outras rádios. Rádio um:


- "… venha experimentar o melhor da cozin…"


Nã-nã. Rádio 2:


- "… e esse encontro com Jesus é o que…"


Noups. Rádio 3:


- "… Sabe quanto custa…


Não sei nem quero saber. Rádio 4:


Adele. Aêêê, que legal, Adeeele. Já no finzinho, mas ainda assim, Adele. Só que aí a música da Adele acabou e, eu juro, uma voz de mulher começou a cantar o seguinte:


- "Sabe quando eu vou te esquecer, viu?

Quando o Frajola comer o Piu-Piu

Mas não venha me pedir, por favor, que eu te erre

Só vou te esquecer quando o Tom pegar o Jerry..."


E aí, pra completar, a desgraçada ainda gritou:


- Se joga! Se joooogaaaa!!!


Aí eu pensei, "Por que não? É isso mesmo que as pessoas deviam fazer ao ouvir essa música. Todas elas deviam se jogar. Imediatamente. No precipício".




sexta-feira, 9 de março de 2012

MORANDO EM FORTALEZA


E depois de mudar radicalmente de vida, a gente mudou também de estado. Estamos morando em Fortaleza desde janeiro, e vamos ficar por aqui até o final de novembro. A saudade da família é gigante, mas a cidade é gostosa e a gente tá se adaptando muito bem. Quem mais tá curtindo é a Letícia, que não usa meia desde que a gente chegou. E no calçadão da praia, quando a brisa bate no rostinho dela, ela sorri pra todo mundo, feliz da vida.


A cidade tem problemas como toda metrópole, afinal são 4,5 milhões de habitantes. Mas comparando com a vida que a gente leva em São Paulo, chega a ser engraçado ouvir o povo daqui reclamando. Eles acham, por exemplo, que o trânsito está ficando insuportável. Só que num dia ruim, aqui, eu levo 12 minutos para chegar ao trabalho. Em São Paulo, nos dias ruins, eu levava duas horas e vinte.


Outra coisa que eles comentam arregalando os olhos é o aumento da violência. Outro dia, por sinal, um jovem morreu ao ser abordado na saída do banco. No dia seguinte, a notícia ganhou toda a metade de cima da primeira página do jornal. Um casal atrás de mim na padaria comentou o caso, escandalizado. Na hora do almoço, na fila do banco, três caras também comentaram, indignados. E apesar de isso ser mesmo uma tragédia, eu pensei: "que bom que eles ainda se indignam com um assassinato em saída de banco", porque, infelizmente, eu não via mais ninguém comentar sobre isso em São Paulo. Sei lá, acho que pra nós, paulistanos, isso infelizmente já virou rotina.


Além disso, o ritmo de tudo é bem diferente. Eu entro no trabalho às 10, almoço todo dia em casa e, nos dias mais tranquilos, já cheguei a ser dispensado às 4 e meia da tarde. E como eu tranquei a faculdade, posso passar as noites com a The e a Lelê, o que também me fazia muita falta.


Enfim, tá sendo uma experiência muito legal, cheia de coisas boas e com alguns perrengues. Mas agora que o blog voltou, isso é assunto pra outros posts...

A CHEGADA EM CASA

Não é fácil. A verdade é que depois de 9 meses de gestação o bebê está pronto, mas o pai e a mãe, não.


Nos 3 dias em que está na Maternidade você sabe que, se precisar de alguém, é só abrir a porta e chamar uma enfermeira que vai entrar imediatamente e apertar algum botão escondido que vai fazer sua nenê parar de chorar. Mas quando você chega em casa a situação muda, a nenê chora e, por mais que tente, você não acha o botão. Nessa fase qualquer choro assusta, mas logo a gente aprende que a nenê não vai se dissolver porque tá chorando. E depois que a gente entende isso dá um alívio danado.