quinta-feira, 25 de junho de 2009

A DIFERENÇA QUE FAZ UMA IMPRENSA VIGILANTE

Tava dando uma olhada no Globo.com e dei de cara com a seguinte notícia:

“DÉBORA SECCO VAI À ACADEMIA”.

Mas o que me chamou a atenção mesmo foi o sub, que dizia assim:

“A atriz foi flagrada atravessando a rua depois da ginástica”.

Caraaaca, já pensou? Ser flagrada atravessando a rua!!!??? E parece que foi em plena luz do dia! Não li a matéria, apesar de ter ficado muito aliviado por ter sido informado que a Débora Secco foi à academia, mas confesso que não esperava isso de uma figura pública como ela. Principalmente por ter sido em público. Ainda bem que tinha alguém atento lá pra flagrar.

A sorte dela é que no Brasil as pessoas esquecem logo as coisas, né? Mas, se por um lado eu acho importantíssimo ter uma imprensa sempre alerta pra desmascarar esse tipo de gente, por outro eu espero que o público entenda que isso é uma coisa que pode acontecer com qualquer um de nós. E respeite esse momento difícil que a Debbye, com certeza, vai superar.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

CAPÍTULO 0003

No capítulo anterior Daniela Mercury recebeu pouco mais de meio autógrafo do tenente-coronel John Millencamp-De Witt, mas foi interceptada por Olga, a Mulher Gorila, quando se preparava para sair do saloon em Shangai. As duas então iniciaram uma conversa, vigiadas pelo barman chinês que usa uma camiseta do A-Ha (esse detalhe é importante para diferenciá-lo do barman chinês que usa uma camiseta com a cara do Seu Madruga, que entrará na história bem mais lá na frente).

De repente, um grito ecoou pelo saloon:

- Ayaaaa! (é, chinês grita assim...)

- Eita, que porra é essa? – perguntou Lech Walesa.

- Gnhurfs... – respondeu John Millencamp-De Witt, com a boca cheia de bauru.

Imediatamente a porta da cozinha se abriu, e um barman chinês usando uma camiseta com a cara do Seu Madruga surgiu mancando atrás do balcão (tá, vai, não era tããão lá na frente assim...).

- Que foi? - perguntou Millencamp-De Witt em tcheco.

- Hãn? – disse o barman chinês que usava a camiseta com a cara do Seu Madruga, e que até falava tcheco, mas não tinha ouvido mesmo.

- Ele perguntou que que foi! – disse o barman chinês com a camiseta do A-Ha, o que não faz sentido, uma vez que ele, como já foi dito, não entendia tcheco.

- O sétimo sinal! – gritou o barman chinês com a camiseta com a cara do Seu Madruga - Eu acabo de receber o sétimo sinal!

(Continua)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CAPÍTULO 0002

No capítulo anterior o tenente-coronel John Millencamp-De Witt comia um bauru num saloon de Shangai quando a Daniela Mercury apareceu. O encontro entre fã e estrela foi emocionante:

- John Millencamp-De Wiiiiiiitt!!! Não acredito! Me dá um autógrafo?

Sem sua caneta oficial de oficial, arremessada com toda a força sobre uma tribo da Guatemala durante o último ataque aéreo perpetrado pela Força Aérea belga, Millencamp-De Witt pegou o tubo de ketchup do balcão e começou a assinar num guardanapo. No entanto, conseguiu escrever apenas “John Millenca”, porque com um nome desse tamanho não há ketchup que chegue. Mesmo assim, Daniela Mercury agradeceu emocionada, e decidiu ir embora naquele mesmo instante, tornando sua aparição na história ainda mais non sense. Mas, quando chegava à porta, Daniela foi interceptada por Olga, a Mulher Gorila, que já foi logo dizendo:

- Desculpe, mas eu vi você pedindo um autógrafo para aquele cara ali.

Daniela Mercury respondeu cantando (tudo ela canta, nunca vi...)

- Uoooou, pediiii siiiim!!!

- Mas quem é ele?

- Como quem é ele? Minha filha, aquele é John Millencamp-De Witt!

- Millenquem?

- Millencamp-De Witt!

- Ah... Não conheço. É holando-suíço, ele, é?

- Nããão, ele é belga!

- Aaah, sei. Nossa, mas esse sobrenome dele é tão tipicamente holando-suíço, né?

- Ah, sim, quanto a isso não resta a menor dúvida. Se tem um sobrenome no mundo que é tipicamente holando-suíço, é Millencamp-De Witt!

- E como é que esse moço foi nascer belga então, meu Deus? Um moço com um sobrenome tão holando-suíço que nem esse...

- É que antes de ele nascer os pais dele trabalhavam 6 meses na Holanda construindo bigornas, e 6 meses na Suíça domando texugos. Aí um dia eles cansaram e resolveram tentar a sorte em Bruxelas.

- Aaah, isso explica tudo, e elimina QUALQUER incoerência da narrativa, não é?

- Ô, sem dúvida...

- E me diz, menina, o que que os pais dele faziam na Bélgica pra viver?

Neste momento, o barman chinês que ouvia tudo atenta e disfarçadamente com sua camisa do A-Ha tocou sua espada Hattori Hanzo embaixo do balcão. E uma gota de suor rolou pela sua bochecha esquerda quando Daniela Mercury respondeu:

- Que saber mesmo?

(Continua)

NEGÓCIO ARRISCADO

Vi sábado no UOL:

“Adriana Calcanhoto canta em Feira do Livro de Ribeirão”.

Só espero que, em caso de briga com os organizadores, ela não resolva queimar, rasgar ou riscar tudo...

sábado, 20 de junho de 2009

CAPÍTULO 0001

Depois de andar mais de 2 horas sob a chuva, John Millencamp-De Witt, o mais valoroso tenente-coronel da Aeronáutica da Bélgica, finalmente encontrou o bar. A porta era uma daquelas típicas dos saloons dos filmes de velho oeste, o que não fazia o menor sentido, porque o bar ficava no centro de Shangai.

Millencamp-De Witt pendurou o casaco ensopado no cabideiro ao lado da entrada e seguiu direto para o balcão. Sentou-se no único banquinho vazio e não demorou a perceber que alguma coisa o incomodava. Sim, era isso! O homem ao seu lado estava olhando diretamente pra ele. Voltou-se para o homem, e descobriu que o tal observador era o Lech Walesa. A conversa foi curta:

- Opa.

- E aí?

Nesse momento o barman chinês se aproximou, vestindo uma camiseta do A-Ha. Millencamp-De Witt o cumprimentou em tcheco, idioma que, obviamente, o chinês não falava. Millencamp-De Witt fez um sinal para que o chinês se aproximasse, e pediu:

- Me vê um bauru.

O chinês apertou os olhos, desconfiado, perguntando-se se aquele pedido teria alguma relação com a quebra do seu despertador naquela manhã. Mas aí o Lech Walesa espirrou, e o chinês levou um susto e arregalou os olhos, portanto, na média, o olho dele permaneceu do mesmo tamanho o tempo todo.

Millencamp-De Witt então correu os olhos pelo bar, contendo um bocejo. O barman chinês voltou, e ofereceu enguias em conserva, mas Millencamp-De Witt recusou, sem conseguir disfarçar uma careta.

Um vendedor de livros de cordel se aproximou arrastando as sandálias, e perguntou se Millencamp-De Witt não gostaria de comprar um exemplar, mas Millencamp-De Witt disse, em tcheco, que não falava chinês. Como este chinês também não falava tcheco, começou a cantar “Dancing Queen”, como é sabido que os chineses fazem quando não conseguem vender seus livros de cordel. Millencamp-De Witt então sorriu, e fez com que o autor da história se arrependesse por não ter lhe dado um sobrenome menos complicado, porque, convenhamos, escrever Millencamp-De Witt toda hora enche o saco.

O barman chinês trouxe então o bauru de Millencamp-De Witt. Imediatamente, o barulho da chuva no teto de amianto pareceu mais forte, ecoando pelo salão.

E foi aí, nesse exato instante, que a Daniela Mercury entrou no bar.

(Continua)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

FUUUUUUÓÓÓÓÓÓÓ

Aliás, falando em coisas me atormentando na Copa das Confederações, e já pedindo desculpas pela minha falta de educação, eu pergunto: por que a torcida da África do Sul não enfia essas cornetas no rabo, hein?

MEU DEUS, QUE COISA INSUPORTÁVEL!!!!!!

Achei que só eu me incomodava com isso, mas tenho visto notícias e comentários sobre o assunto em todos os sites. É como ter uma vespa dentro do ouvido durante o jogo inteiro, só que sem a parte boa, que deve ser a cosquinha. Parece até que a gente tá vendo o jogo de dentro de uma colméia.

Isso tudo me fez chegar a duas conclusões profundas:

1) Se no ano que vem, na Copa do Mundo, a coisa continuar assim, a emissora que tiver o bom senso de cortar o som ambiente vai arrebentar de audiência. Nem que seja pra colocar aquele sonzinho de torcida fake, que a gente imitava quando jogava botão.

2) Caras, eu vou dizer, ainda bem que eu vim gente, porque eu seria uma péssima abelha...

CONFISSÃO

Eu tenho uma confissão a fazer.

Tô vendo, nesse momento, o jogo entre Itália e Egito pela Copa das Confederações e, assim como já tinha acontecido no jogo entre Brasil e Egito, tem uma coisa me atormentando. É que o Egito tem um jogador que se chama Abo Terika. Até aí tudo bem, mas o problema é que a pronúncia certa do nome do cara é Aboutrika. E toda vez que o locutor fala o nome desse candango me vem à mente o Beto Barbosa (???!!!) dançando sozinho com a mão na pança e cantando:

“Aboutrika, meu amor,
Aboutrika
Aboutrika, meu amor,
a minha vida, oooi...”

Juro que eu tento evitar, mas o filho da mãe pega na bola toda hora!

Pronto, contei. Agora se vocês quiserem deixar de ler esse blog por causa disso, eu juro que vou entender...

terça-feira, 16 de junho de 2009

O CHAMADO

Existem alguns profissionais que eu não entendo. Bandeirinhas de futebol, por exemplo. Ou, sei lá, urologistas heterossexuais.

Quer dizer, eu entendo perfeitamente que eles existam, mas eu não consigo imaginar em que momento da vida um bandeirinha ou um urologista heterossexual ouvem aquele clic e anunciam:

- Caraaaaaca, descobri o que eu quero fazer da vida!

Mas o que me deixa curioso mesmo é exatamente o oposto disso. Uma profissão que eu entendo por que as pessoas escolhem, mas não entendo pra que ela serve: o chamador de táxi.

Não sei se você já viu um por aí. Saindo do Shopping Iguatemi, por exemplo, é só atravessar a Faria Lima que você já dá de cara com uns 2 ou 3. É fácil de reconhecer, porque eles usam colete (uma exigência do Sindicato dos Chamadores de Táxi, talvez). E a primeira missão deles é perguntar se você quer um táxi.

No começo eu achava que se a pessoa dizia que queria, o chamador de táxi sacava um radinho ou um celular e pimba, o táxi vinha lá do ponto oficial do SINDICHATA. Mas aí eu vi que não, o chamador de táxi fica ao lado do cliente na calçada, esperando passar um táxi avulso na Faria Lima pra ele chamar (certamente usando técnicas profissionais que somente um chamador de táxi pode conhecer).

Mas o que mais me intriga é quem é que paga esse cara. Durante todo o tempo em que eu trabalhei na frente do Iguatemi, nunca vi um passageiro dar gorjeta pro chamador. Será que o taxista volta lá depois e diz “putz, toma aqui uma porcentagem da corrida, porque se você não me chamasse, aquele passageiro que estava do seu lado nunca teria me visto”. Ou será que os caras fazem parte de uma ONG sem fins lucrativos? Porque, se for isso, eu acho que eles mereceriam ganhar pelo menos o suficiente pra suprir os custos do colete.

terça-feira, 9 de junho de 2009

PREMIAÇÃO

“Quem é Globetrotter tem um lifestyle mais low profile. É um upgrade do jet setter, que costuma ser mais over the top mesmo.”

Com essa frase cometida na edição de 10/06/09 da Revista Veja São Paulo, a designer de jóias Adriana Bittencourt conquistou a primeira edição do Prêmio “Desculpa, Mas Eu Te Desprezo” concedido pelo “Onde Eu Tava Mesmo?” a todos aqueles que são over the top na arte de dar um upgrade no nosso lifestyle.

Parabéns, Dri! Super tudo essa sua frase, achei!

DICA DE BIOLOGIA

Finalmente eu aprendi a diferença: louva-a-Deus é aquela espécie em que a fêmea arranca a cabeça do macho depois de fazer sexo com ele. Gafanhoto é o que se enforca fazendo sexo sozinho.

VERDADE INQUESTIONÁVEL

Macho mesmo foi o David Carradine, que morreu sem sair do armário.

terça-feira, 2 de junho de 2009

O MANDA-CHUVA E A BATATINHA

Com exceção de perna de homem, eu adoro qualquer coisa que tenha batata. Pô, não é por nada, mas batata é muito bom, num é? Por isso existe um produto que é vendido em qualquer supermercado que sempre me intrigou: a “batata sabor alguma coisa”. Te juro, eu fico imaginando se eu sou presidente de uma empresa e o cara entra na minha sala com uma proposta dessas.

- Você disse “batata sabor presunto”?!?!

- Foi. Não é genial???

- ...

O bosta sorri, desconcertado. Ele começa a desconfiar de que eu não gostei, e não acredita que isso possa estar acontecendo. Eu continuo em silêncio. Ele começa a suar. Eu respiro fundo pra não jogar a cadeira nele. E a voz dele falha quando ele pergunta:

- Que foi, o senhor não achou genial???

- Nããão, claro que eu achei genial! Eu te peço pra você pensar num produto novo, pra justificar esse salário que você recebe, e depois de quase 30 dias pensando você entra na minha sala e resolve pegar a comida mais gostosa que existe e botar um sabor de outra coisa. Tem razão, é fantástico!

- M-m-mas...

- Mas o quê?! Hein? Me fala, mas o quê?!!!

- Essa ideia nos permite criar uma linha inteira com novos sabores, tipo sabor churrasco, sabor azeitona, sabor queijo...

- Ah, que boooom!!! Então você pensou em vários outros jeitos de estragar a batata! Ufa, assim eu fico mais aliviado... Achei que era só uma ideia estúpida, mas agora tô vendo que é mais do que isso, é uma ideia estúpida com filhotes!

- M-m-mas o senhor mesmo disse outro dia que gostava de batata de Cebola e Salsa!

- CEBOLA E SALSA É TEMPERO, PORRA!!!!! A batata continua com gosto de batata! A batata continua SENDO uma batata!

- Puxa, eu não q...

- Se você prestasse pra alguma coisa, inventava um espinafre sabor batata! Inventava um brócolis sabor batata! Óleo de fígado de bacalhau sabor batata! Entendeu?!!! Seu inútil!

- Entendi, sim sen...

- Então agora sai da minha sala!

- O senhor me d...

- Sai da minha sala!